Agora que a bola voltou, seria caso para lançar aqui um passatempo se houvesse grande afluência a estas bandas. Com chorudos prémios para um daqueles que, ligando o número de ouro, dessem a resposta correcta.
Como não há nem se pretende que haja, fica ainda assim o desafio para alguém que o aceite, dessa acarinhada minoria que são os meus leitores.
O qual é: fazer corresponder a cada um dos clubes mencionados o número adjacente aos jogadores assinalados.
imagens da RTP, da SIC e da Sport Tv (clicar para pouco ampliar) por MCV às 22:57 de 18 agosto 2012
Pena
Não vejo justificação para condenar quem não previu o desmoronamento na praia Maria Luísa nem para condenar quem não assinala os perigos visíveis.
Creio que a loucura securitária tem limites.
Quem se acolhe debaixo de uma arriba sabe que corre um risco. Mínimo. Muitíssimas vezes menor do que circular em qualquer estrada do país.
Mas corre esse risco. Há algumas mais ameaçadoras do que outras que espantam naturalmente os humanos e há outras mais acolhedoras que às vezes desabam. Nada de novo debaixo do sol.
O que se viu depois do trágico acidente naquela praia foi ridículo, como são todos os actos apressados de colocar trancas à porta depois do roubo.
Não temos por cá uma cultura de prever, na medida do possível, o que vem a seguir. Antes andamos sempre a correr atrás do prejuízo e a cometer erros grosseiros como o de ter duas pontes uma ao lado da outra em Entre-os-Rios depois de termos deixado ruir uma outra levando para o fundo do rio tanta gente.
É o disparate institucionalizado que lá tendo duas pontes, tem também as arribas cheias de sinais de proibição.
É certo que uma parte deles já lá estava. Estava um no preciso local onde se deu a tragédia. O que dificultará obviamente a condenação por imprevidência.
Mas nada me espantará.
Se a RTP não estivesse entregue aos bichos, provável seria que se interessasse por quem vê o ciclismo mais pelas paisagens do que pelo comércio da coisa. Sendo que as paisagens também se vendem, como sabemos todos.
Nada.
Desde a época em que o Inha passou a Douro, não há melhoras. Não sabem o que captam nas objectivas. Pelo menos deixaram de colocar as legendas, o que evita o erro.
Impossível seria que estes o soubessem. Teriam que ser outros. por MCV às 16:40 de 17 agosto 2012
Fraco sinal
O Primeiro-Ministro, de quem se esperaria mais do que do seu antecessor, dá provas de incapacidade política a todos os níveis.
Não percebeu que há palavras proibidas em política: justiça – a política é a arte de manter os precários equilíbrios das injustiças; verdade – a política é a arte de gerir as omissões e de exercer o magistério com mentiras.
Não perceber o bê-á-bá da coisa ou fingir que não percebe é muito fraco sinal.
Vamos para baixo sem ninguém no comando, como o navio de luxo que soçobrou no Tirreno. por MCV às 13:15
Há exactos nove anos, quando me abalancei a escrever aqui, não tinha nem ideia nem esboço do que o tempo faria à escrita que aqui iria deixar. E pouco mais tarde, às imagens.
Talvez um dia se possam reconstituir as ideias passadas. Apanhar alguém numa espécie futura de Google Street View e escancarar-lhe o pensamento que portava num certo dia, numa certa hora.
Será assim acessível o que me passava pela cabeça há exactos nove anos. Arrisco que, talvez não me tendo sequer ocorrido pensar num prazo, este prazo de nove anos me soasse improvável. Quer pela coisa em si quer pelo autor, a quem talvez parecesse que esta longevidade estaria para além do esperável.
Uma das coisas certas, embora inútil – as coisas certas têm uma certa tendência para a inutilidade fora das convenções – que se pode dizer quando se chega a tantos anos, é que está respondida a pergunta que se tivesse remotamente feito se se aqui chegava.
Noves fora, nada.
Mar de pó e pasto
E um tractor já gasto.
Suor de sol agosto
Que o vento quente atiça
Suor de pó no rosto
De quem pesa cortiça.
SG, inéditos, 1995 por MCV às 23:37 de 15 agosto 2012
O velho metro
diz que o post anterior foi o 5000º por MCV às 23:02 de 14 agosto 2012
Bichos
imagem da RTP
A RTP parece entregue aos bichos.
A falta de respeito com quem paga a taxa e os impostos é completa.
Há pouco, sem aviso algum, interromperam a transmissão da cerimónia de encerramento dos jogos olímpicos para transmitirem um sorteio.
O expoente máximo dessa falta de respeito ainda são as repetições de programas que passam como se tratasse da primeira vez.
Até parece que há interessados em que o serviço seja péssimo. por MCV às 21:44 de 12 agosto 2012