Ano XXI
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  • Papéis

    Sou um ajuntador.
    Das mais variadas coisas a que acho piada.
    Mas o que mais me fascina são os papéis.
    Papéis, essa terrível praga, que chama insectos comedores, acumula pó e alimenta o fogo.
    Se há quem leia os clássicos, manuais de instruções, ementas de restaurante e listas telefónicas compulsivamente, eu junto documentos, envelopes, etiquetas, bilhetes, facturas, recibos, boletins, tudo o que vem à rede.
    É duvidosa a utilidade de tal congregação. Mesmo que sinta um certo prazer ao contemplar documentos antigos, brochuras, ver a forma como foram escritos, do que tratam, não sei que destino levará tal coisa em tempos futuros.
    Meu avô materno tinha o mesmo hábito. Apesar de ter visto o fogo destruir muito papel contra minha vontade, ainda herdei muita coisa.
    Pouca de meu pai, mais frugal nas memórias.
    Mas o grosso é recolha minha.
    Recordo-me de um primo que vivia sozinho enterrado em papéis.
    Um dos nossos familiares comuns mencionou-me há tempo esse arquivo que ele supõe conservado em certo monte.
    Vi pelo brilho dos seus olhos que o fascínio por esse espólio nos é comum.
    Ao que ele supõe, grande parte da história da nossa terra e da nossa família se encontra ali documentada.
    Supõe também que ninguém mais do que nós se interessará por tal acervo.
    É assim uma espécie de tesouro à espera de ser descoberto de novo.
    Receio fazê-lo. A meias ou por minha conta.
    Mesmo toda a minha recolha o mais certo é que acabe por ser queimada.
    Haverá alguma coisa interessante para um arquivo, uma biblioteca, um museu.
    Mas não diviso ninguém que se candidate à herança.
    Aliás, todos me encaram como fiel depositário. Recebo de quando em vez fotografias, postais, documentos oficiais já inúteis, limpezas de sótãos.
    Quem será o próximo guardião?



    Fotógrafo ocasional



    As magníficas imagens das câmaras de tráfego da Finlândia já aqui tantas vezes mencionadas.



    Senilidade

    Hoje, dia 5 de Março de 2004, sábado, sexta-feira, um preocupante sinal de senilidade tomou conta de mim.
    Melhor dizendo, e o que é mais preocupante, não foi hoje. Arrastou-se até hoje.
    Deve ter surgido insidioso lá para meio da semana.
    E o que fez? Adiantou-me um dia da semana. Não a data, mas o dia da semana.
    Creio que já passei a quarta a pensar que era quinta e a quinta decididamente a julgar-me na sexta. Hoje seria sábado.
    Como a minha vida independe de horários semanais, apenas me confrontei com dois ou três pormenores estranhos. Um programa de televisão a que às vezes assisto, não foi transmitido. Um programa de rádio que é um vício antigo e sabático, substituído por uma estranha emissão.
    Só quando comuniquei que ia sair para comprar o Expresso, é que me contrariaram.
    O mais espantoso é que consegui convencer (ou talvez não) quem me contrariou.
    Depois, em descargo de consciência, lá cliquei no relógio – sexta-feira!!!
    Fui à papelaria onde já mereço algum crédito e esbanjei-o logo:
    “Só não lhe peço o Expresso, porque há cerca de dez minutos dei-me conta de que hoje não é sábado!”
    A senhora, ao despedir-se de mim, não sei porquê, desejou-me um bom domingo.




    Água, pedra e ferro









    Algarve, São Luís e peças de Lego



    As indicações não eram muitas, um prédio junto ao São Luís e um 1ºD.
    A caminho. O Joaquim Moutinho ultrapassou-o na 125, como se o Renault 5 fosse um avião.
    Quando chegou a Faro, era já de noite. Horas de jantar.
    Dobrava uma esquina junto ao São Luís, quando duas pessoas se atravessaram à frente do carro: M. e uma moça muito engraçada.
    O efeito foi magnífico. Disparatou com M. e M. com ele, enquanto a via empolgar-se toda.
    É claro que M. o convidou para jantar e para ficar lá em casa. E não queria tanto, o jantar não podia dizer que não calhava, agora a dormida...
    Mas subiu. A esposa de M. também ficou admirada de o ver. Depois acabaram por lhe apresentar a L., que ainda era mais engraçada à luz dos candeeiros da sala.
    Já agora ficava também para jantar. A moça, claro.
    Ele, a quem o dia tinha corrido bem, estava virado para toda a sorte de disparates.
    E a moça começou a empolgar-se ainda mais.
    Depois do jantar, M. fez questão de lhe ir mostrar os mais recentes ambientes nocturnos da capital do reino. Lá foram, de déu em déu, sempre com grande à-vontade de M. no franquear das portas. Mas, nessa altura, já só pensava em voltar para a casa do amigo. Tinha percebido que a moça ia lá dormir.
    Voltaram. Ainda estavam as duas acordadas. Mas não demorou que a esposa de M. se retirasse com o habitual deixem-se estar.
    Nessa altura, já estava encostado a um balcão com garrafas, entretido com umas peças de Lego. M. via televisão.
    A moça veio para o pé dele. Brincar com o restante Lego.
    M. começou a bocejar. Olhou para os dois e levantou-se. Foi à cozinha e depois chamou-o.
    Disse-lhe nessa altura que estava a guardar a moça para o primo. Que ele, de resto, bem conhecia.
    Há uns dois anos, viu o primo de M. Não lhe perguntou se ele tinha alguma vez sido dono de uma certa L., de Faro.

    imagem em



    Devaneios patrióticos

    Ou como diria R.C., vieram de todo o Portugal e de quase todo o Alentejo





    Triagens

    Quem pode, foge.
    Há pouco quem goste de estar em filas. Em repartições, em bancos, até nos serviços de saúde.
    Já convivemos todos com os mais diversos sistemas de filas de espera. Uns mais eficazes do que outros.
    Mas não há um sistema perfeito.
    Quem não sabe ao que vai, facilmente se desorienta e perde tempo, fazendo perder tempo aos outros.
    Quem sabe muito bem ao que vai, almeja que todos os que o precedem também o saibam e lhe não façam perder tempo.
    Quem atende tem que lidar com uns e outros. E é compreensível que se desgaste também, na exacta proporção em que tem que corrigir os erros da organização.
    Os sistemas que ultimamente tenho experimentado, felizmente com baixa frequência, pecam todos por ser crípticos.
    Não há informação vestibular clara, de forma a que cada um se dirija a um dado local.
    Às vezes parece que bastaria ter em cada um destes sítios, esse tipo de informação bem legível e clara e, ao mesmo tempo, um amplo balcão de informações, para atender quem tem mais dificuldade.
    Bem sei que gerir recursos não é tarefa fácil. Uma empresa pública que tinha um balcão de atendimento que funcionava razoavelmente, perto da minha casa, fechou-o. Talvez porque não havia habitualmente grandes filas de espera, o que terá significado para os gestores um desperdício de recursos.
    E se se pretende desviar as pessoas dos balcões, o que me parece bem, também é preciso atentar nos serviços que estão disponíveis on-line. Que quase sempre não respondem a casos que fogem ao corriqueiro.



    Primaveras





    Barba e cabelo





    A rapariga do carro verde



    O carro não era verde. Era preto.
    É daquelas coisas que não tem discussão.
    J. argumentou com uma possível confusão com outro qualquer carro. Ela retorquiu que não havia nada a dizer. Era uma confusão dele, ponto.
    A rapariga do carro verde que afinal era preto julgou tratar-se de uma abordagem propositadamente desastrada. Mas aceitou ouvi-lo um pouco mais.
    Depois cortou cerce a conversa. Não lhe agradavam discussões socráticas, foi o que disse.
    Só gostava de debater quando se buscava uma solução. Para um problema real. Discutir sem objectivo não fazia para ela o menor sentido.
    Reuniam-se sempre com o mesmo fito - analisar um projecto de reconstrução de uma casa numa aldeia. Faziam-no rapidamente e partiam para um jantar. Às vezes faziam duzentos quilómetros para tal. E a discussão não podia ser vaga para ela. Para ele, tanto fazia. Reconhecia-lhe a competência intelectual.
    A casa foi construída.
    E a discussão com objectivo chegou ao fim.
    Ela vendeu a casa sem sequer a ter experimentado, depois de discutir meses a fio a decoração interior.
    Tempos depois, J. voltou ao local do crime. Fotografou a sua obra com as cores frescas.
    Foi num carro igual.
    Que era verde. Deliciosamente verde.

    Já não sei onde fui buscar esta imagem. As minhas desculpas mais uma vez.



    Espiando o monarca





    A utilidade

    Para que servirá este blogue?

    Uma das consequências que devemos tirar do facto de haver quem nos leia, é que não podemos usar de excesso de modéstia. Isso seria menosprezar também aqueles que aqui vêm ler estas linhas.
    Poderia até ser encarada como altivez, como quem diz: escreve os disparates que quiseres que virá sempre aqui alguém.
    Pois não é assim.
    Nem escrevo para disparatar, embora às vezes pareça. Nem escrevo com determinado objectivo.
    Não comento as actualidades, já todos o sabem. Ainda que ali ou acolá, me resvale o pé para o jornal da antevéspera.
    Não escrevo sobre um assunto em particular, embora confesse que, de início, julguei que este blogue viesse a ser um blogue estradista. Tratasse de estradas, de caminhos, de viagens. Tudo ou quase tudo em Portugal, na exacta proporção dos meus conhecimentos.
    Mas não foi assim.
    Vieram as histórias, as perplexidades, que já não são ou não deviam ser muitas, na minha idade.
    Veio o olhar sobre as coisas, encarcerado na duplicidade da minha ignorância e das minhas pulsões. Um homem que desconfia que a vontade humana é um mito, pode opinar pouco sobre as coisas. Mas fá-lo. É essa duplicidade que em outros se encontra noutras coisas que me deixa ao mesmo tempo aborrecido e fascinado.
    Por isso alvitro. A mor das vezes com a qualidade das teorias que nunca se poderão demonstrar ou desmentir.
    Por um caminho que a nada conduz.
    Mas faço-o sempre com a convicção de que a minha vontade (a vontade humana, bem entendido) se explicará um dia, à luz da biologia ou de outra ciência qualquer. Mas com toda a certeza não será explicada aos humanos. E haverá para nós explicações e ciências para além das que entendemos e entenderemos como tal? Melhor dizendo, alguma vez aceitaremos algo que não consigamos compreender? Ou é isso o que afinal fizemos, fazemos e faremos todos os dias? E não me refiro a religiões ou crenças.

    Não. Não estou a perder o fôlego.



    Janela de colecção





    A contagem do tempo (revisto)
    (a propósito de bissextos)

    Sabemos todos que os nossos calendários são de base solar e lunar.
    O ciclo solar, ou melhor, os ciclos solares diurno e anual determinam a nossa contagem do tempo.
    Já os ciclos lunares são de mais duvidosa utilidade nos dias que correm.
    Dias e anos são assim as unidades fundamentais da nossa contagem.
    Semanas e meses correspondem pouco rigorosamente aos ciclos lunares.
    Todas as outras, mais recentes - segundos, minutos, horas – são discutíveis. Não passam de convenções do homem na procura de um certo rigor.
    Acontece que os anos não são múltiplos dos dias e que os ciclos lunares não se encaixam nos solares.
    Mas a nossa necessidade de ordenar as coisas, diferente de civilização para civilização, e mais rigorosa com o decorrer do tempo, conduziu-nos a calendários mais ou menos complexos que procuram coincidir com a realidade.
    A verdade é que o actual calendário gregoriano, aperfeiçoamento de outros mais antigos, e mestre da contagem do tempo, já que submeteu todos os outros de civilizações diversas, é uma manta de retalhos pouco coerente e pouco conforme com as nossas medidas decimais.
    Se os dias e os anos são a base de que se tem obrigatoriamente de partir, já a dependência de semanas e meses face a um aproximado ciclo lunar, pode ser contestada.
    As novas propostas de calendário coincidem mais na necessidade dos meses conterem um número inteiro de semanas do que na uniformidade quanto ao número de semanas. O que dá quase sempre meses de 28 dias, com 4 semanas de 7 dias e meses de 35 dias, com 5 semanas de 7 dias. Os acertos fazem-se depois com dias suplementares em cada ano, bissexto ou não.
    Se é verdade que a deixar cair o ciclo lunar, não se vê a necessidade das semanas terem 7 dias, apesar das óbvias resistências dos sectores religiosos, também o é que não há nada que justifique o dia de 24 horas. Nem a hora de 60 minutos, nem o minuto de 60 segundos.
    Nesse ponto, poderíamos até aproximar-nos da nossa preferida escala decimal: dia de 10 horas, hora de 10 minutos, minuto de 10 segundos, por aí fora, até uma unidade da mesma ordem do actual segundo.
    Sabendo sempre que os dias tal como os anos não têm todos a mesma duração. Os dias evidentemente, os anos menos evidentemente.
    Poderíamos até ter semanas de 10 dias, meses de 10 semanas. O que daria 3,5 meses de 100 dias mais 15 ou 16 dias adicionais. O que também não é muito racional, à partida, bem o sei.
    É claro que cairia o Carmo e a Trindade em todas as línguas, se uma proposta destas fosse, por exemplo, apresentada nas Nações Unidas.
    Mas, descontando todo o ruído de fundo, as pessoas não trabalhariam mais do que o tempo que trabalham com este actual calendário. As grandes religiões teriam sempre os seus feriados como os têm hoje. Calcular datas tradicionalmente dependentes do ciclo lunar não seria mais difícil do que é actualmente.
    Agora, o mundo adaptar-se a isso, é outra história.
    Mas não nos adaptámos já a tanta coisa nova?
    Alguém se lembra da grande crise que se anunciava com a adopção da moeda europeia?
    Pois então.
    A questão principal é: serviria de alguma coisa?



    O vendedor de colchões

    - Já cá esteve um a vender disso.
    - O quê? A vender o quê? Então você não sabe a diferença que há entre um carro de linhas e um Mercedes 240? Tudo o que é caro, é bom!
    - Mas para isso é preciso ter dinheiro.
    - É preciso é ter doenças ou dores. Então você não tem 20 contos para dar por mês?
    - Bem, se fôr 20 contos para isto, 20 contos para aquilo...
    - Você não é capaz de dar 800 contos por uma mobília? Já pensou que se comprar uns maples só se senta neles uns minutos por dia? E no colchão, são 8 horas!
    - E depende sempre como se dorme...
    - Então você quer endireitar a coluna? Se você nasceu com a coluna torta, com sifose e escoliose, quer endireitá-la? Você já viu o anograma da sua coluna?



    Férreo





    A regra e o caso

    Às vezes, vemo-nos em circunstâncias tais que o quebrar de uma regra é uma atitude de maior bom-senso do que o respeitá-la.
    Outras, é isso que esperamos dos outros.
    Mas nem sempre nós e os outros temos esse lampejo.
    E o que é pior, nem sempre estamos preparados para o fazer.
    É claro que há regras estúpidas, obsoletas, desadequadas. Todos sabemos isso, seja a que nível fôr. Seja uma lei, seja um regulamento, um estatuto ou uma regra de jogo.
    O que não há é, em todas as alturas necessárias, alguém com capacidade para assim entender e optar pela sua transgressão.
    E ainda bem que assim é.
    Se as regras, boas ou más, não existissem, cada um jogava a seu critério e provavelmente em seu proveito.
    E existindo, como existem, se fossem quebradas todos os dias e a toda a hora, seriam irremediavelmente caducas.
    É bom que o não sejam.
    Mesmo que já todos tenhamos sentido na pele uma injustiça, mercê de uma regra que entendíamos não dever aplicar-se em certo caso.
    Mas ainda bem que há quem as transgrida, aqui e ali, com bom-senso.



    As gravuras



    Já tornaram ao lugar de onde vieram - a História (se quiserem pôr-lhe um Pré...).
    Mas enquanto cá andaram, deram que falar.
    Há até quem diga que deram uma mãozinha à chamada alternância democrática.
    E proporcionaram um serviço adicional. Um espectáculo de argumentos e contra-argumentos verdadeiramente delicioso.
    O tal dos defensores acérrimos.
    Com um pormenor muito curioso que não foi de somenos importância.
    Um dos muitos convidados de telejornais da época foi um geólogo. Que me perdoe por não lhe citar o nome. Já não me recordo.
    Mas recordo-me bem do que disse. Falou sobre geologia, sobre ciclos, sobre comportamentos da rocha. Falou na sua qualidade de geólogo.
    Mas foi interrompido. Interrompido porque o que interessava era outra coisa.
    Não me espantei que o tivessem interrompido. Não que as suas afirmações não fossem válidas. Não que estivesse a falar sem razão. Não que estivesse a opinar ao desbarato.
    É que estava a falar do que sabia.
    E o que estávamos (e estamos) habituados a assistir era (e é) outra coisa.
    Era a cada um a falar do que não sabia. Os formados em X, a falar de Y; os de W a falar de Z. Isso sim, é que é normal. E todos a disparatar em grande.
    Não é que cada um não se possa pronunciar em campo alheio.
    Com toda a certeza de que pode e deve.
    Mas com argumentos válidos e sustentados, não com a certeza dos defensores acérrimos, apoiada em nada.

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