carta do ECMWF via IM por MCV às 04:40 de 29 outubro 2011
12 ou 14
Outra discussão ridícula é a que gira em torno dos meses a pagar por ano. Não tem qualquer tipo de relevância nominal, embora eu aposte que psicologicamente a maioria das pessoas preferirá ter o mesmo valor a dividir por 14 em vez de 12. Na origem, isto teve significado. Passar de 12 para 13 salários. E de 13 para 14. Agora, sem haver redução do valor auferido anualmente, é irrelevante. Mas é de irrelevâncias que se faz o discurso dos tolos. Misturar isto com o corte dos referidos salários nos anos próximos é fazer um bolo mal amassado de coisas diferentes, apanágio dos mesmos tolos. por MCV às 00:09
Genéricos
A renovada polémica sobre a prescrição de medicamentos genéricos é daqueles assuntos que só prospera num lodo de ignorância e pesporrência. A questão básica é a transferência de valor das farmacêuticas para os medicados e para o Estado comparticipante ou entre farmacêuticas. Saber se há diferenças substantivas entre medicamentos com o mesmo princípio activo é uma tarefa que qualquer criança leva a cabo desde que tenha ferramentas para tal. Havendo, um medicamento não deveria ser considerado homólogo de outro. É a lógica da batata. Saber se uma farmacêutica pode ou não vender os seus produtos é uma tarefa das autoridades fiscalizadoras competentes. Só a ignorância amalgamada em argumentos estéreis sustenta esta polémica. Polémica que carimba quem nela se arrasta. por MCV às 19:45 de 28 outubro 2011
7 x 109
Não sei se a data simbólica em que supostamente se contariam 7 mil milhões na ecúmena é a de hoje ou não. Como se trata de uma data simbólica tanto faz.
Desde que por aqui ando, a população da Terra mais do que duplicou, dizem as estimativas. Foi a época da glória dos humanos. A Idade do Ouro.
Logo no início do troço que se apresenta recto no gráfico, se intensificaram os movimentos higienistas. Primeiro de uma forma generalizada contra a poluição e a destruição dos habitats, agora ameaçando com as catastróficas alterações climáticas que um deus irado há-de brandir.
Ora o busílis é a multiplicação dos seres.
E começa finalmente, quase a medo, a campanha decisiva – a do controle demográfico que previna a catástrofe inevitável, caso não colonizemos a tempo outros planetas.
Esse é o tema. Tudo o resto é secundaríssimo face às implicações de um crescimento contínuo da população.
Se prestarmos atenção aos discursos políticos do Velho Mundo, assolado por um envelhecimento populacional, veremos que aspiram pela expansão demográfica e não pela contenção.
Não faço ideia, tal como quem desenhou a curva futura deste gráfico, o que se seguirá. A ideia generalizada de que o mundo subdesenvolvido continuará a ter crescimentos demográficos significativos enquanto o primeiro mundo estagna ou decresce parece-me demasiado simplista e mera projecção com base na derivada actual.
Entrementes, a minha campanha que é também uma previsão do caminho que isto leva, ornou-me o bolso da camisa. Saiu à rua. por MCV às 12:10 de 27 outubro 2011
Caminho
A estrada hoje não está para “meninos”. Em pouco mais de 60km percorridos, um tipo estava de pantanas (a parte de baixo do carro parecia estimadinha) e dois outros cheira-cus passeavam os coletes fluorescentes. Havia de tudo, calhaus enormes à espera de uma coquinada, lencóis de água corrente, ramalhos e folhas, areia e terra. Gosto da estrada assim. Com perigos já suspeitados, como uma viagem no Comboio Fantasma. Só o risco é que é maior. Porque os "meninos" andem aí. por MCV às 19:25 de 26 outubro 2011
Preguiça
Este ano de 2011 presenteou-me com uma mania nova. A de escrever muitas vezes com a folha ao contrário, como se à mesa do café quisesse explicar algo a quem está à minha frente, ou, nos tempos de magistério, na folha de um aluno deixar uma nota, estando para ele virado, à frente da carteira. Basta para tal que a mensagem seja curta e que a folha já escrita esteja virada ao contrário. Faço-o automaticamente. Com cada vez mais frequência.
Quando ocorrem situações como a de hoje no aerogare de Faro, uma e pelo menos uma de três hipóteses se estabelecem como causa: Ocorreram circunstâncias excepcionais para as quais a estrutura não foi calculada. Houve deficiente cálculo estrutural. Houve deficiente execução do projecto. Ponho de lado a deficiente manutenção por se tratar de uma estrutura recente. Os gráficos do IM, quer quanto a intensidade de precipitação quer quanto a velocidade do vento não se mostram compatíveis com a primeira hipótese. Mas pode ainda assim ter ocorrido pontualmente algo de excepcional. Quanto a estas estruturas de cobertura ditas aligeiradas, tenho um preconceito – são vendidas em pacote com cálculo incluído para situações standard, tal como uma porta à prova disto ou daquilo. Não há depois quem refaça os cálculos para situações concretas. E os casos ocorrem. Às vezes morre gente. Isto é um mero preconceito meu. Está longe de ser a realidade, antes de comprovado. adenda cerca das 21:30: a situação excepcional a que fiz referência pode ter ocorrido. por MCV às 18:55 de 24 outubro 2011
Ele há
Ele há quem saiba das coisas que lhe dizem respeito pelo Google Maps. Não sei se é sinal de andar nas nuvens, pois se assim fosse veria o mesmo que a máquina que fotografa para o Google. por MCV às 21:14 de 23 outubro 2011