Ao iniciar esta série de posts, tinha em mente pedir a ajuda dos leitores na identificação e recuperação de memórias que me são caras. O caso para que peço a vossa colaboração é este: Há cerca de quarenta anos, para mais, vinham cá ter a casa uns magníficos calendários escandinavos com uma esplêndida fotografia para cada mês. Havia fotografias a preto-e-branco e a cores. Não me recordo se coincidiam no mesmo ano ou se havia anos cinzentos e anos coloridos. Das minhas infrutíferas pesquisas na rede, uma suspeita: a de que se tratasse das séries “Splendor of Norway” ou “Splendor of Sweden”, por esplêndidas serem as imagens. Mas nada sei sequer sobre a data da primeira edição. Gostava mesmo era de, a existirem, conseguir ver edições de há quarenta e tal anos e ver se sim, se era um destes títulos. Alguém me pode ajudar? por MCV às 23:54 de 11 abril 2008
Porque não verificar os cálculos estruturais, incluindo da cobertura, do armazém que se viu destruído hoje pelo tornado? Para que velocidade de vento estava calculada a dita cobertura?
Aqui há uns anos caiu um nevão mais intenso em Bragança. Inúmeras coberturas cederam ao peso da neve. Os edifícios mais antigos escaparam. Alguma coisa isto deve querer dizer. por MCV às 20:21 de 09 abril 2008
Há exactamente cinco anos, as tropas americanas entraram em Bagdade. Nesses dias trocava amiúde impressões com um tipo que estava mais ou menos a meio do caminho entre Lisboa e a capital do Iraque. Nos dias que antecederam a tomada, traçámos e trocámos caricaturas do que seria a situação futura. Numa delas, lembro-me de lhe ter dito que os americanos conseguiriam sitiar Bagdade mas que teriam dificuldade em lá entrar. Via a coisa como uma cidade entrincheirada em que os sitiantes usariam de uma panóplia de Stans de Monkey Island gesticulando no meio de grandes carrões americanos usados “for sale”, de tendas de comida de plástico (incluindo os hot dogs de carne de porco), de feéricos sete-sete-setes piscantes e o mais que fosse, na tentativa de replicar o cavalo de Tróia. E que seria interessante ver o número de barracas tais a aumentar com o tempo, enquanto o cerco durasse. Enganei-me nisso rotundamente. Quem não se enganou foi o marine entrevistado por David Chater. por MCV às 06:45
Talvez alguns de entre eles verificassem agora que haviam partido o nariz. por MCV às 03:34
O Tempo e o tempo
espólio Campos Vilhena - autor desconhecido
Deste Abril arremeda o de 1981. Com 3 dias de avanço, mais coisa menos coisa. O calor a que se seguiu a chuvada. Arremedará muitíssimos outros anos, decerto. Mas deste lembro-me bem.
Encontrei o teu nome ontem na rede pela primeira vez. Numa página do Instituto de História Contemporânea. Posso dizer que tinha, no instante anterior, uma certeza inconsciente de o encontrar. por MCV às 01:30
Afinal (outra vez)*
Não é de uma ponte que se trata. É de pelourinhos. Tantos que eles são. Ficou demonstrado o disparate da fotomontagem tantas vezes brandida. E assim demonstrada a incapacidade crítica de todos quantos a brandiram. Ficou a perceber-se porque é que uma ponte assim só pode sair no Poço do Bispo (a que é dita no Beato) e uma ponte assado só pode sair no Beato (a que é dita em Chelas)**. Ficou a perceber-se porque é que não pode ser frito ou cozido. É que não há lóbis que os defendam. As pontes só podem ser de tirantes e só podem sair daquelas partes. E fica sempre esta ideia de gente pouco capaz. Isso é que é o mais grave.
*Ouvindo o debate em “Prós e Contras”. **Todo o mérito ao homem que escreve com a Bic Laranja e que comigo travou argumentos sobre designações absurdas. por MCV às 01:30
A colecção Pirata na Rede
Pertenço ao grupo dos que sentem ser insuportável ler um livro no écran do computador, conquanto consigam ler com satisfação textos curtos e sem seguimento como os dos blogues. Uma análise aprofundada da coisa, com um número de casos pessoais que permitisse tal, seria decerto interessante para estabelecer limites a partir dos quais... Pertenço igualmente a mais dois grupos. O dos amantes do livro e o dos que fazem contas às coisas e têm por isso hábitos de consumo muitíssimo frugais, ao nível do pesadelo de qualquer vendedor. É por tudo isso e mais uns pós, que posso afirmar que os livros da colecção Pirata na Rede saem caros. Ele é a mão d’obra que tem que procurar, carregar em memória e formatar à medida exigida, um livro escolhido que esteja disponível na rede. Que tem ainda que arranjar um algoritmo eficiente para comandar a impressora na feitura dos cadernos de ene páginas e brochar o resultado. Com gaze esterilizada e tudo. E que engendrar uma capa à altura dos acontecimentos, imprimi-la, colá-la em cartolina e aplicar-lhe um autocolante transparente para resguardo. Ele é depois o material - as folhas de papel, a tinta, a cartolina, o autocolante, a linha, a gaze e a cola. Sai carote. Mas é uma satisfação. Só falta a guilhotina daquelas a sério para aparar as bordaduras, mas isso é quase de borla. Só se gastam solas. por MCV às 23:05 de 07 abril 2008
Está este sinal C1 – sentido proibido – implantado num troço de rua que serve uma biblioteca municipal. Faz referência à leitura e aos veículos que a servem.
Mas o caso é que, ao contrário do que prevê a convenção – neste caso o Código da Estrada e sua regulamentação – não usa uma placa adicional 10a para assegurar a excepção à regra. Antes, talvez para poupar dinheiro, usa o campo vermelho do sinal. E ainda a atribui, a excepção, a “carros itinerantes”. Afinal a leitura só por si... por MCV às 02:02