Também eu aguardo. A ligação. De repente, fiquei com a sensação de que há muito não via tal mensagem num écran. por MCV às 22:17 de 15 novembro 2008
SMS
No meu tempo e no de muitos de vós, não havia SMS, telemóveis, nada que no instante nos levasse ao ajuntamento senão a voz, o megafone. Sendo que eu não era – nunca fui nem sou – de ajuntamentos, ainda assim estive presente em alguns, poucos, casos. Sempre achei que o meu tempo era muito mais bem empregado em actividades como o bilhar, o pool, os matraquilhos, os vinhos e os petiscos. Quando a coisa chegou ao ponto que as imagens (guardadas por um colega) documentam, já eu tinha pegado no saco e ala a caminho do Sul até que recebesse nova ordem de marcha, assinalando uma precária normalidade lectiva. Ovos? Isso era o grau zero da amotinação! por MCV às 19:40 de 14 novembro 2008
As compras de Natal
Estava aqui a ouvir um destes programas de opinião pública sobre as compras de Natal. Pertenço ao grupo dos que gastam, ano após ano, sempre a mesma quantia. Nem mais um tostão nem menos um tostão – é sempre zero. por MCV às 17:52 de 13 novembro 2008
Restos de colecção (69)
“Pela abolição das notas, exames e todas as medidas selectivas; avaliação colectiva dos conhecimentos pelos estudantes e professores, por turma.”
"Por uma escola socialista" – diz o panfleto da lista C, apoiada pela ASJ. Coisas de 75. É o que dá guardar papéis. Vê-se como a História se repete.
(clicando em cada boneco, podem ler-se as quatro páginas do panfleto)
ASJ - Abandone a Sala, Já – foi a minha interpretação coetânea da coisa. Eu era então um perigosíssimo contra-revolucionário. por MCV às 04:07
A centésima milésima visitante
Tal como previsto, coincidira comigo em Barca d’Alva. Não no tempo mas no alvo. Gratamente, foi a Mª Isabel, autora do Aguaceiro, um repositório de belíssimas fotografias suas. É pois para a chuva que vai o livro.
Sou pouco de dramas, de perder tempo com as trevas e as injustiças do mundo tal como julgo que as entendemos nesta sociedade, nesta civilização, e tal como as entendo eu. Mas há casos. Este apareceu-me através da inevitável Sky News. Vi trechos da miúda a falar e depois li isto no Daily Mail. Acho que a beleza tem aqui um papel decisivo. Aqui, na minha ponderação. E há sempre as memórias, a porra das memórias. por MCV às 06:09
TV
E aqui estou, a esta hora que abaixo acusa, a ver (a ouvir) o Canal Parlamento. Bizarria? por MCV às 02:14
Habituei-me a ver os veteranos ali aos Restauradores e a ver o seu número diminuir ano após ano. No Reino Unido dizem que só há quatro sobreviventes. Errata: onde se lê Restauradores deverá ler-se Avenida da Liberdade (por alturas da rua do Salitre) - coisas da idade estas falhas à jornalista. por MCV às 22:01 de 11 novembro 2008
O prémio é um livro
Não posso tecer considerações sobre ele, que nunca o li. Tenho um exemplar na pilha de espera para um destes dias. Estou convencido de que o(a) vencedor(a) não terá dificuldade em fazer prova. o e-mail deste blog é. adenda: há uma presunção minha sobre a identidade da vencedora que coincide em Barca d'Alva - sim, é uma espécie de código. Se o livro não fôr reclamado até ao meio-dia oficial de amanhã, fica sem efeito. por MCV às 17:29
É hoje que o contador do Sitemeter vai acusar a visita com o número 100 000. Curiosamente, um ano e um dia depois de o contador da Bravenet, mais antigo, ter passado esse número. Apesar de este ter sido activado mês e meio antes e de eu ter congelado aquele uns bons tempos, há uma nítida diferença na malha da rede que justifica essa sim o desfasamento. Seja como fôr, preparo-me para atribuir um prémio a quem faça prova inequívoca de que foi o visitante nº 100 000 e se disponha a dar uma morada para onde o possa enviar. Esta coisa da base dez... por MCV às 02:56
São Martinho
Só me dei conta da data quando encalhei com um expositor de castanhas e jeropiga ali no supermercado, já noite. Isto é apenas uma amostra do meu alheamento ao calendário, às tradições, às festas. Ao mundo, talvez. De qualquer forma, arrelia-me a coisa da jeropiga (eu devia escrever geropiga pois é mais à minha moda e um dos meus dicionários de recurso aconselha-me a fazê-lo, tal como em 1912 – este dicionário é portanto da época da reforma ortográfica mas usa ainda as grafias anteriores). No meu tempo, era a água-pé, como bem indica a Dona T. neste post. Comprei qualquer coisa de castanhas. Este ano, e quebrando um jejum de muito outonos, já havia comprado castanhas na rua. Em Santarém. No entanto, as minhas recordações atiraram-me para um certo barracão ferroviário, um lata de conservas e cerveja ao litro. Diz-se que este tempo é desequilibrante por remover em menos de uma vida os marcos da paisagem. É bem capaz disso. E eu aqui a falar em memórias. Mais uma vez. Agua-pé. E geropiga no fim, vá.
Diccionario Etymologico, Prosodico e Orthographico da Lingua Portugueza , J.T. da Silva Bastos, Parceria Antonio Maria Pereira, 1912 Dicionário da Língua Portuguesa, 5ª ed., Porto Editora por MCV às 00:35
Junkie
Caiu-me esta palavra no lugar do morto. Saltou do livro de Duchaussois, lido há uma vida atrás. Num cruzamento de Lisboa enquanto as probabilidades rodavam como dados. Havia uns óculos, um cigarro enésimo e a inconfundível qualquer coisa que assusta. Pode ser que o junkie seja eu, mas o das palavras. por MCV às 02:39 de 10 novembro 2008
Vai para 19 anos
Aquela viagem de Barcelona a Paris em que o volante me queria fugir para Leste. Para Berlim. Como se fosse possível lá chegar a tempo de entrar para a História. por MCV às 23:57 de 09 novembro 2008