Aqui a ver numa tal de IraqGoals.TV o final da taça de Inglaterra entre o Chelsea e o... Leeds. Só me vem a memória esse jogo de 2-2 do qual ontem revi uns quantos lances num canal qualquer. Já lá vão 40 anos. por MCV às 17:02 de 15 maio 2010
Raiz de dois e a cosmogonia de um amor
Em tempos muito remotos, o destino presenteou-me com uma visão do paraíso em forma de ninfa. Numa daquelas circunstâncias a que aqui aludi a propósito do banco Gorringe. Do meu banco Gorringe. Um encantamento estival que perdurou, apesar dos quilómetros que nos separavam, para além da areia e do calor diurno e também das noites frias e húmidas de Sines em Setembro. Talvez ajudado pela curiosa circunstância de termos descoberto que essa distância se reduzia a escassas duas centenas de metros em tempo de férias escolares, o que faria, nunca o saberei, com que o dono de certo lugar de frutas e legumes eventualmente julgasse que o puto que parava do outro lado da rua ali estava com o olho nas maçãs. Pois bem, uma vida passada, o rasto perdido a tal senhora que da última vez que a avistei mantinha a esplendorosa, apesar de mui discreta, beleza da ninfeta, perco tempo a fazer uma triangulação geodésica. Dois dos vértices, as casas onde vivi todo o século XX. Onde seria o terceiro, medido em arcos de círculo máximo, já que o quarto cairia inevitavelmente no mar? Não cai precisamente na casa onde ela habitava nesse tempo. Cai a escassas centenas de metros, considerando que se trata de distâncias que se medem em mais de uma centena de quilómetros. Com um erro mínimo, a raiz de dois vezes cem. A raiz de dois. Vezes cem.
Ou se tratou de alguma cabecinha fraca no concerto da vigilância ou se tratou de um veículo com plena justificação para ali circular. O facto é que, a páginas tantas, se viu um camião de grandes dimensões circular em sentido oposto à comitiva papal numa das vias rápidas do Porto. Nem sequer foi só esse. Passou ainda um outro, mais pequeno, e um automóvel, pelo menos. por MCV às 13:55 de 14 maio 2010
Muita asneira
O Sr. Primeiro-Ministro diz muita asneirola. Ele lá não terá culpa disso. O problema é de quem o escolheu para lá estar. Depois de ter dado nota que não tem a menor ideia de onde sai o dinheiro do erário público, mostrou agora que não tem a menor ideia da situação em que o país se encontra, bem como das medidas que se viu instado a tomar. E é esta a batuta do futuro próximo. por MCV às 07:21 de 13 maio 2010
Passarinhos!
Estava eu a tentar encontrar o rasto a uma encomenda nos correios quando me aparece uma página daquelas do costume – cheia de “animação”, chilrear de passarinhos e zero de conteúdo a anunciar qualquer coisa “verde”. Praticamente bloqueia o computador a quem, como eu, ainda vive na idade da Pedra cibernética. Mas isso seria de somenos, porque o caso aí é problema meu. O que não se percebe é a página não se perceber, não ser minimamente legível e ser cheia de sinais apenas de uma coisa – quem fez aquilo sabe criar animações. É a versão páginas na rede dos letreiros das bifanas em letra rampante ou aberta em leque e cada uma sua côr, dos primórdios da informatização das tascas. Passarinhos! E eu o que queria ver era o rasto de uma encomenda!!! Qual será o desperdício de energia que tal passarinhada causa?
Quem quiser saber, é ir por aqui. por MCV às 11:32 de 12 maio 2010
O forinófis e outras histórias
De David Cameron, apenas tenho a impressão de que foi uma escolha de um modelo anti-Blair (anti em sentido de espelho) mal sucedida. Nada me garante que acerte ou falhe nisso, até porque se trata de uma valorização subjectiva, onde há pouco ou nenhum lugar para se falar em erro, a não ser que o próprio (eu) reconheça que se enganou. É daquelas coisas que ocorrem e se dizem sem grande fundamento. William Hague vai finalmente fazer troar o seu timbre e entoação no Foreign Office. Um pouco longe das suas expectativas, me parece. Se como disse aqui há anos, um dos MontyPython abandona agora a cena política (e era, mais uma vez subjectivamente, do melhorzinho que havia), chega-se à frente uma espécie de Rafa Benitez um pouco mais novo. We’ll see. por MCV às 22:03 de 11 maio 2010
A idade de Cristo e mais um dia
imagem revista e aumentada, composta de muitas fotografias alheias por MCV às 07:51
A reforma eleitoral que os liberais democratas pedem
Das ironias do destino, uma é um sistema eleitoral do Reino Unido estar em causa não por ser o que é, mas por não ter sido o que costuma ser – capaz de assegurar uma maioria parlamentar. Abriu a brecha. E sendo incapaz, por uma vez, de gerar tal maioria fica em risco de o ser por muitas mais vezes, se modificado fôr para mais proporcional. A brecha alargada.
O Reino Unido tem um sistema eleitoral e uma configuração partidária que, conjugados, propiciam maiorias absolutas. Maiorias absolutas que, aparentemente, são a contento dos que votam nos dois maiores partidos e consequentemente, da maioria dos eleitores. Assim sendo, o sistema teria tudo para ser estável. Num caso em que a maioria absoluta não aconteceu, diz-se que uma das exigências dos Liberais Democratas para apoiar um governo seria a mudança do dito sistema (ou um referendo para saber se o povo aceita), de forma a torná-lo mais proporcional, no interesse do partido que vê a sua representação nos Comuns muito longe da proporção que lhe caberia pela expressão eleitoral universal que tem. É facto que como terceira força, herdeiro de liberais e de cisões trabalhistas, tem vindo a ocupar algum terreno desde os anos 70 (ver gráfico na wikimedia). A cederem em tal, Conservadores ou Trabalhistas, abdicariam da supremacia que têm partilhado e de um sistema estável, que favorece governos com apoio maioritário no parlamento. Se a coisa chegar a referendo, ver-se-á se o povo que vota maioritariamente nos dois tradicionais partidos, votará contra si próprio. por MCV às 05:07
A pior época de sempre
O Sporting conclui hoje a sua pior época de sempre, em vista do campeonato nacional. Considerei a percentagem de aproveitamento com 0% para a derrota, 50% para o empate e 100% para a vitória (o antigo 0-1-2 em pontos).
média a cheio, mínimo e máximo anteriores a tracejado.
Correcção: O teor deste post está errado. O Sporting apresenta percentagens menores nas épocas de 1966/67 e 1968/69 (57,69%). O erro deveu-se a não ter corrigido a percentagem deste ano para os 2 pontos em vez dos 3 por vitória. É portanto a sua terceira pior época. por MCV às 23:59 de 09 maio 2010